27 de março de 2006

O Rappa em Março.

O Rappa acústico é contradição, mas o show não deixa de ser absolutamente supimpa por causa disto. Nunca tinha ido em um show deles. Tenho MP3, tenho CDzão (adquiridos todos de uma só vez nas Lojas Americanas por R$ 9,90 cada. O que, aliás, prova que só pirateio aquilo que a indústria me obriga a piratear), então estava devidamente preparado e aprovado para ir no show Acústico MTV.

Como em Belo Horizonte a mídia só divulga aquilo que se paga para divulgar, o show não estava lotado, somente cheio. Obviamente o preço do ingresso também ajudou, R$ 40,00 a meia entrada, R$ 80,00 a inteira, mas ainda assim acredito que existia público nesta cidade suficiente para lotar o Chevrolet Hall.

Já que mencionei o nome do capeta, é melhor desdenhar dele. O Chevrolet Hall tem uma acústica de padaria sem pão. Não bastava o lugar ser feio do jeito que é, você tem que arrumar local estratégico para conseguir ou entender o que o vocalista canta ou o que o resto da banda toca. Além disso é absolutamente abominável a ideia de passarem propagandas em telão antes do show começar. Faço questão de não apoiar nenhum dos patrocinadores deste circo.

Mas o show foi supimpa. Palco bem montado, banda de primeiríssima (é claro), arranjos diferentes que fazem tudo parecer novo, público cantante, e um Falcão falante. É sucesso.

Para coroar o evento o Marcelo Falcão tira onda com a derrota do Atlético. Valeu cada cêntimo este show.

.P: Do que o Z3 está falando?
.R: Do show do Rappa Acústico MTV no Chevrolet Hall em 26 de Março.

24 de março de 2006

Pato Fu em Março.

Eu gosto de Pato Fu. É claro, eles têm um nome bem estranho e isto ajuda. Mas o que realmente me faz gostar deles é que são esquisitos por completo.
Letras pouco convencionais com uma salada melódica. É o alternativo que namora com o pop e deu certo.
Outro ponto de nota é que a Fernanda Takai é uma gata. Tudo bem, ela escreve aquelas crónicas no Estado de Minas que não mereciam nem sair em blog, mas vá lá, eu blogeio também, afinal. E ela não deixa de ser uma gata por causa disto.

Interessante que não tenho nenhum MP3 ou CD deles. Mas sempre gosto de ir no show dos caras. Eles realmente atingem outro nível no palco. Os arranjos condizem, a banda é simpática, as performances são legais.
Polegares para cima. Eu gosto de Pato Fu.

.P: Do que o Z3 está falando?
.R: Do show do Pato Fu no Hard Rock Café em 18 de Março.

20 de março de 2006

A solução para as madrugadas.


Para vocês que andam por aí no Domingo de madrugada, eis a solução para todos os seus problemas.

13 de março de 2006

Xamanismo.

Acho interessante que por cá não existam aqueles mocós xamanistas, como na Europa. Explico, lá nas terras geladas são comuns lugares para quem queira só ficar em contemplação catatônica ou pulando feito cabrito enquanto ouve música electrónica da melhor qualidade. Cá no Brasil, a despeito da boa produção de música electrónica, os cafofos de música electrónica são muito poucos e frequentemente são invadidos por pessoas pouco interessadas em ligações xamânicas com o multiverso (em outras palavras, pessoas-não-dançantes-extremamente-chatas), o que retira metade da graça.
A impressão que tenho é que toda a putaria por aqui acontece nas raves ou trance parties e as pessoas se contentam com isso. Uma pena. Lembro que uma das noites mais relaxantes que já tive foi num galpão abandonado no Bairro Alto em Lisboa onde um bando de malucos com música alternativa electrónica resolveu fazer uma festa. Cinco euros muito bem gastos.

Ouça: http://www.postalservicemusic.net/.

8 de março de 2006

Cake will show you the way.

Identificação musical é uma coisa muito foda. Em certos períodos de minha vida sempre tem algumas bandas que dizem tudo aquilo que penso e sinto. Neste exacto momento Cake é assim, mostra o caminho da salvação até que surja outro artista em outro momento meu.

Mas Cake tem um handicap, no final das contas é uma daquelas bandas que certamente coloca mensagens do capeta no meio das músicas, afinal quem senão um satanista diria 'people makes life a little tougher than it is'?

O diabo mora nos detalhes.
Veja só isto:


Short Skirt, Long Jacket

I want a girl with a mind like a diamond
I want a girl who knows what's best
I want a girl with shoes that cut
And eyes that burn like cigarettes

I want a girl with the right allocations
Who's fast, thorough, and sharp as a tack
She's playing with her jewelry
She's putting up her hair
She's touring the facilities
And picking up the slack
I want a girl with a short skirt and a long jacket.

I want a girl who gets up early
I want a girl who stays up late
I want a girl with uninterrupted prosperity
Who uses a machete, to cut her red tape

With fingernails that shine like justice
And a voice that is dark like tainted glass
She is fast, thorough, and sharp as a tack
She's touring the facilities and picking up the slack
I want a girl with a short skirt and a long, long jacket

I want a girl with smooth liquidation
I want a girl with the right dividends
At City Bank we will meet accidentally
We'll start to talk when she borrows my pen

She wants a car with a cupholder armrest
She wants a car that will get her there
She's changing her name
From Kitty to Karen
She's trading her MG for a white Chrysler LeBaron
I want a girl with a short skirt and a long jacket


E pensar que Rock'n'Roll Era Uma Vez no Oeste é o estilo musical mais instrutivo hoje em dia...

6 de março de 2006

Quando o jogo encontra a arte.

Parece que é lugar comum dizer que os videogames de hoje são tremendamente monótonos e frustrantes apesar de seus grafismos ultra-realistas. A indústria outrora inovadora criou suas fórmulas mágicas que em pouco tempo se transformaram em tabus. Isto em nome da garantia do retorno do investimento. Afinal quem quer arriscar milhões na produção de uma nova fórmula de jogos?

Quem quer? Bem, neste momento existe uma legião de formandos em actividades relacionadas à produção de jogos nos Estados Unidos e Japão. E é desses desesperados por uma chance no mercado de trabalho que tem surgido criações realmente inspiradas.

Tive a felicidade de vir a conhecer Cloud, um jogo gratuito desenvolvidos por alunos da University of Southern California. E posso dizer que fazia muito tempo que não via algo tão diferente.

Nada de pontos. Nada do stress de desafios frustrantes em ritmos frenéticos. Os desenvolvedores de Cloud estão atentos à real finalidade de um videogame: diversão. E diversão não tem nada a ver com medir resultados. Diversão não vem somente na forma de aventura e tiros. Diversão pode ser relaxante. E Cloud é sem dúvida alguma o jogo mais relaxante que joguei.

Um garoto, hospitalizado que resolve sair voando por aí, para ficar amigo das nuvens e pastoreá-las. É, eu sei, parece um tema meio bobo. E seria, não fosse a delicadeza quase que artística da equipa desenvolvedora. Foram feitos gráficos belíssimos, acompanhados de uma música relaxante e inspiradora, enquanto você controla com uma facilidade estonteante o personagem. Uma experiência única.

Cloud não tem público definido. É como aqueles filmes da Disney que todo mundo gosta, porque fala de sentimentos de todo ser humano de maneira divertida e delicada. Sem querer chocar, irritar, pontuar, sangrar, e abobalhar.

Mas não pense que não existe absolutamente nenhum desafio no jogo. Quebra-cabeças nas nuvens garantem o gameplay, enquanto você se diverte fazendo chover e voando.

Voe: http://intihuatani.usc.edu/cloud/

1 de março de 2006

Some rights reserved Todo conteúdo deste site, a não ser quando expressamente citado, está licenciado sob uma Creative Commons License. Os arquivos de áudio e vídeo com hiperligações neste site podem não ser de distribuição gratuíta, portanto não são hospedados pelo servidor Blogger.com e não foram publicados pelo autor deste site. Se você gostou de alguma música ou vídeo vá comprar o material original em alguma loja, sua criança malvada!